Finito


Um pensar poético
sobre a ampulheta do tempo


O Fim de Temporada. Tal como uma “fração em horizonte” aqui é onde tudo acaba ou se inicia. Chegamos aos limites de quem somos. Nos perdemos em quem éramos. Nos redescobrimos enquanto o mundo a volta se quebrava.

Doeu na alma. Doeu na pele. Ainda machuca, mas eventualmente continuaremos, aqui, ali, acolá da maneira possível, do jeito que dá, acolhendo afetos, refletindo os pensares que nos habitam. Expressando nossos estranhos intelectos.




Mas não agora!

Pois aqui encerramos o poema de um tempo que infelizmente se demora, mas também irá passar.

Cuide se, para que possas viver tudo mudar.

E lembre-se:

- Enquanto provisoriamente formos Eternos serão nossos sentires.

Anderson Prado Leão
Obrigado por estar por aqui e se permitir exprimir seu Finito pensar nos versos audiovisuais que seguem abaixo.




Finito

Eu sempre achei fascinante
o do Tempo não ser uma constante no universo.
Apenas nós, moradores deste planetoide,
conduzimos nossas vidas baseadas neles.

Penar nisso,
sempre fez meu coração e mente
entrarem em chamas.

Hoje, enquanto estou aqui,
diante das ruínas da minha vitalidade,
pude notar meus escombros
se tornarem nas areias do meu próprio tempo.
E olhar para esta ampulheta,
nos faz questionar:

- Quantos remendos somos capazes de fazer em nós mesmos,
quando corpo e espirito se quebram?
E por quanto tempo?

Nossos feitos e emoções irão ecoar através dos ciclos?
Será que, muito tempo depois de partir,
irão escutar nossos nomes?

Vão querer saber quem éramos?
Com que coragem
- ou covardia
vivíamos, trabalhávamos?
Com qual intensidade amávamos?

Será que fez tudo que deveria?
Honrei tudo que sinto?

ou

passei

tempo

de

mais

com
.
.
.
.
.

e me maltratando por isso?

Acho que, nunca,
nunca mesmo,
eu irei saber.

Essas são apenas questões retóricas,
mas elas me fazem pensar em outros tempos,
o tempo dos outros,
o tempo dos nossos.

Eu quebraria esse relógio de areia se pudesse.
Ah, eu quebraria mesmo.

Voltaria no tempo muitos precisos de minha narrativa.
e seria mais amigo de mim mesmo.

Nada além.

Mas agora
receio que o tempo se esgotou,
e os pedaços de quem sou
- de quem um dia fui -
são apenas grãos na ampulheta que a minha vida contou.


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Anderson Prado
Anderson Prado Leão - O Imagicionista

Se a imaginação é a chave que destranca o conhecimento, o que faço é contar a história do chaveiro:



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