Apenas Estava

Apenas Estava - Anderson Prado Leão - Provisoriamente eterno
Estas palavras falam sobre o tempo que eu "apenas estava".
Até que tudo passou a mudar

O lugar onde está, você se encontra, se acha, sente-se perdido, corre em fuga. Ou você está presente onde está nesse lugar?

Estar é um verbo que transita no nosso movimento. Na imobilidade, na inação, até estamos, mas assim, parado, sem ao menos estar a pensar, sem estar a descansar, sem estar a contemplar, sem ao menos estar em pleno estado de repouso, num Domenico domingo de Masi em ócio criativo, sem qualquer desses legítimos pretextos, estar sem estar desses jeitos é só ser e estar em peso.

Ser e estar como coisa, e não como gente, é estar apenas a serviço da rapidez consumidora do mercado, é ficar na ilusão alienadora, dentro da decomposição do trem bala, que nos atira ao leu e ao vento, sem destino. E da janela vemos apenas o borrão; a beleza gratuita da natureza é roubada, cobrada para se sentir em privilégios frascos de perfumes caros.

Estar sem a consciência, é o estar que fica perdido. Fixo em prisão. O alfinete de um apólogo de Machado de Assis, que provoca a agulha trabalhadeira que volta a caixa de costura e não irá triunfar como a linha cosida no vestido da donzela que vai a festa. 


Estar, mesmo apenas estando, é ocupar o espaço. Ocupação é atitude preenchedora de significados, simbólicos e concretos, teoria praticada, prática arcabouçada de teoria.

Apenas estar aqui, a ler esse texto introdutório, estar a assistir o poema, estar a ler as palavras já é uma ótima suficiência necessária para seguir a conjugar a esperança, esteja onde estiver, aproveite o lugar conscientemente.

Se você chegou ao encontro de algum lugar onde o Apenas estava, então está aqui o vídeo poema audiovisual de agora. Fique, leia, veja, sinta-se a vontade para aproveitar, refletir, questionar (e questionar-se).

Contamos com sua presença viva, também no curtir, comentar e compartilhar.


Apenas Estava

a existir, respirar, trabalhar,
Acordar e dormir…
Estava a caminhar por aí sem direção,
observar sem questionar ou interferir,
sem pretensões ou ambições.




e logo em seguida, o nascer de algumas questões:

- Para onde foram as pessoas?

Não se escuta nada!

Há um silêncio raro
entre os pensamentos.
Algum tipo de isolamento.
Não se escuta ninguém há horas.

O silêncio segue até ser quebrado
de maneira abrupta por um “momento”.
Uma sinfonia de percepções e sensações
é então revelada.
Quase não é possível descrever.

Isso é Inesperado,
diferente, mas ao mesmo tempo soa familiar,
Revelando alguma fragilidade
e uma timidez inerente,
impossível de se notar a distancia.

Seria necessário estar perto
para perceber os traços delicados
assumir um risco complicado de se calcular
para ter algum vislumbre de entendimento.

Impressiona!

Há história aqui.
Alguns vivídos e outros por viver,
incontáveis detalhes e todos,
aparentemente imperceptíveis à maioria
dos que estão à volta.

Percebe-se segurança, medos,
uma grande força e peculiar sensibilidade.
Caminhos que podem levar alguém
a transcender os lugares por onde
tem trilhado em seus sonhos
mais rudimentares e bem escondidos

Nervoso!

Uma espécie de desconforto agradável
e intermitente que torna
segue a passos largos o seu caminho.

Parece Loucura?
Talvez seja!
Febre?
Não faz diferença.
É agradável!

Quase da para sentir o sabor de algo
que nem mesmo se entende com clareza.
Perguntas variadas estão se formando
e circundando este universo,
aqui e agora…

Uma certeza acabara de ser entregue
através de um gesto:

“Para sentir é preciso estar,
e estando, tudo que se deseja é sentir”

As mãos da bela dama tocam este rosto
Teus olhos de mel revelam
e acentuam uma verdade a muito tempo
perdida, mas nunca esquecida
Já não apenas “estava”
Agora sentia.

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Anderson Prado
Anderson Prado Leão - O Imagicionista

Se a imaginação é a chave que destranca o conhecimento, o que faço é contar a história do chaveiro:



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