A agua é símbolo de renascer, é para religiosos batismo, é para Bruce Lee a forma que se conforma conforme o molde de onde será conteúdo. Mas é na visão do sociólogo e filosofo Zygmunt Bauman que a liquidez da agua que desaguamos na teoria da sociedade liquida.
A marca do mercado de consumo é o que dita as regras não ditas de como e porque devemos nos relacionar. Para o sábio velhinho Bauman, a liquidez nas relações é reflexo de modernidade líquida, novo nome para o conceito de pós-modernidade.
A critica liquidiana aponta para uma sociedade que não mais pensa a longo prazo, é tudo feito a curta duração, valorizando a quantidade em detrimento do aprofundamento de relações duradouras com pessoas e coisas, com qualidade.
Bauman tem lá suas razões e argumentos sólidos. E longe de nós querermos performar refutações vazias desses tempos líquidos que tanto aponta em suas reflexões.
Adiante, queremos nos apegar a ressignificação do que é transbordar-se no liquido do amor, a viva vida do sentimento mais revolucionário, que rega o nosso quintal da vida e que existe e persiste emquem esperança amar.
O amor, verdadeiro e legitimo, é liquido para preencher a abundância do vaso vazio que somos e se necessita ser ocupado. Dentro desse vaso, que somos, cabe a medida de tudo.
Mas cabe a substância do amor nutrir e envolver nossa relação com nós, com outros de nós e o ambiente que estamos, enquanto presentementes vivos, até voltarmos a terra, pertencermos ao cosmo enquanto planeta e ajudar adubar o ciclo da vida.
Os tempos líquidos da modernidade apontada por Bauamam tem mesmo nos empurradas para beira do precipício. E muitos que conhecem o abismo, seduzidos pela que há lá no suposto prêmio fundo, agem pelas gotejantantes babas da toxicidade e ódio destrutivo.
O abismo os abraça e, corroídos por dentro e por fora, tornam-se cacos perfuruocortantes, rasgando, quebrando, cortando e alucinando em trevas eternas.
Queremos esperançar comunicar a luz que reflete nas aguas do amor e projeta as cores do arcoiris, iluminando a paleta de sentidos e sentimentos que nos mobilizam para o avanço do futuro que coletivizamos a construção.
Nada de muros ou cercas. Nada de represas. Queremos que o amor, liquido amor flua livremente, desde a nascente, passando pelas rochas, enfrentando as quedas, levantando após as trombadas tempestuosas, recuperando fôlego após as cheias e sendo o rio, o desaguar do mar do amar que é o oceano das gotas de amor de todos que preferem resistir, se esbaldando em amor e esperançar.
Que esse amor liquido amor possa te alcançar onde estiver. Que seja a tinta na parede do pixo protesto contra opressivos sistemas que favorecem genocidas.
Que esse amor pinte galerias de arte de museus e também escorra pelos grafites em muros, trazendo a vista o tonel de tintas em cidades insistentes de cinza. Que cor ao amor preencha.
Esbalde-se de amor sem deixar de viver a realidade e lutar armando, apenas com as ferramentas da reconstrução.
Mergulhamos intensamente no amor, liquido amor. Façamos o convite. Vem, pode entrar. A agua está uma delicia.
Brindemos a esse poema sobre esse liquido amor, liquido que rega a viva flor potente do esperançar.
Transbordar-se
Líquido,
amor
líquido
o líquido efeito amoroso,
em vez de tum tum tum,
onomatopaicamente,
revirando no túmulo peito o filosofo:
Bauman!
Bauman!
Bauman!
Líquido, amor líquido
escorre pelas latas de tinta,
nas mãos da
LIFE IS A BIT.
o amor líquido amor,
tornou-se vivas cores
e pintou nas paredes de todas as vilas.
a vida,
que nem sempre é so easy,
é que ajudou a dar a tônica
para esse amor,
líquido amor existir;
AMOR EXISTE RESISTE,
isso sempre merece um brinde!
o amor pintou noutro muro,
e propôs mais um brinde
a quem escutou
(melhor, pode sentir):
o amor
é líquido.
e (ainda)
existe
resiste.
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Loja Provisoriamente Eterno
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Manay Deô - O Poeta Publicitário
Sou #poeta, brinco com #palavras e invento #palavrários como #redator de #poesiapublicitaria e Soul #Heterônimo criativo e #artista:
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