A loucura de ser eu é comigo mesmo. Só eu posso lidar bem com a complexidade maluca que é ser eu, além do controle do tanto de seres que habitam em mim. Vou do inferno astral de um dia de inverno trincante, até o céu de uma brisa refrescante depois da labareda de fogo de uma noite de calor escaldante.
Escrevo em meio ao O limbo de tanta bagunça estressante, atolado no lamaçal de ideias absurdas, externalizando as coisas doidas de cá dentro.
Vivo como se existisse em paralelo, um paradoxo que sou eu mesmo por definição. O concavo que comporta o largo lago onde todo dia me sou outro, mergulho após mergulho. O convexo que em amplia as distorções imaginativas.
Diante do espelho, não sei se sou quem se olha ou se sou o reflexo. Ou será que ambos são as duas coisas simultaneamente? É insano esse efeito de sermos que somos.
Quebro a cara, ou exibo minha loucura , feito um Outdoor rachado?
Na equação que nos forma, somam-se às células que nos formam com aquilo que imaginamos de nós, Adicione ainda as infinitas possibilidade do que poderíamos ser, se não fossemos que somos.
Lotado de mim,
só me resta ser eu.
Mas quem sou precisamente, mergulhado nesses tantos que sou? Será que todos eles ( esses que me co-habitam) se questionam sobre suas existências múltiplas, ou sou só eu que me faço essas perguntas e, justamente por isso, sou o que sou?
Será que ser assim, um ser vivente, que por si só, é multidão, é o que me faz ser único.
Será uma longa viagem filosófica essa minha descoberta. Enquanto vivermos, assim seremos o que se serão...
A viagem para dentro de mim
Não trago verdades
tampouco mentiras.
Exibo sem freios a minha loucura,
disparando a esmo
neste caos ótico mundo sem miras.
Danço a música fúnebre dos poetas eternos.
Mas não sentiria remorso se os descarta-se.
Oh, triste alma, tenha calma!
Não se apresse, sou muito sombrio.
Há tantas luzes para acender.
Terrível inexorabilidade humana
Que me impede em certos momentos,
como pode ser tão cruel comigo,
Logo eu que não temo meu lado oculto?
A minha loucura é o disfarce da minha revolta.
O meu limite? Não sei se tenho. Temo.
Prefiro não conhecer.
Sou a ilusão que me fere.
Sou a eterna ilusão que me cerca.
Sou um mutante sem prescrição médica.
O próprio antídoto do veneno que eu mesmo criei.
A minha poesia
é como uma garotinha meiga e singela,
que esconde atrás de si
um arsenal mortífero de ideias.
Não me basto.
Apenas pondero.
Seu maior desafio ou medo
é você diante do espelho.
- Oh, feliz momento,
tão querido e aguardado,
traz consigo doçura,
desafios, dúvidas
e todo gozo do mundo.
Beijo a boca de quem diz que me ama.
Retribuo com meu ser incompleto,
não com ele todo,
mas com o pouco alegre e sincero.
Sou poeta.
Maestro da minha composição.
Vivo no concreto, distraindo o cinza,
e dele extraio o colorido abstrato
da imaginação.
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Loja Provisoriamente Eterno
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Manay Deô - O Poeta Publicitário
Sou #poeta, brinco com #palavras e invento #palavrários como #redator de #poesiapublicitaria e Soul #Heterônimo criativo e #artista:
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