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| A inspiração: no que eu consigo ser agora |
Enquanto estendia as roupas, vi por cima do lençol branco que eu pregava um conjunto de encanamentos suspenços no ar. Era como se um pedaço do espaço do ceú nublado e ensolarado tivesse se rasgado, feito uma parede acabada com papel de parece que acabou de sofre golpes pesados de uma marreta. Era o emaranhado da estrutura hidráulica do universo que me revelava precisar de reparos. Mesmo não sendo Mário Encanador, percebi um defeito:
- Vazou vida quando você passou a existir ou é matéria escura saindo do registro desse universo?
Uma fração em horizonte passou a pousar no varal do quintal da vida de casa em forma de um pintassilgo. Toda terça feira, quando vou estender a roupa, está lá, o saltitante pássaro a silvar o som do universo quando você nasceu. Comprei até um comedouro e bebedouro. Estranhou o 'você'? Sim, porque só agora apercebo estar conversando com alguém, enquanto tento entender qual o real problemas desses canos ensopados.
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Aprendendo existir
Aqui, do lado de fora da minha pele,
algumas horas foram vividas,
mas poucas fases por mim foram percebidas.
algumas horas foram vividas,
mas poucas fases por mim foram percebidas.
Já aqui dentro,
um genuíno sentir foi experimentado.
Meu ser permaneceu adormecido
e por tempo demais calado.
Hoje vivo a saudade do futuro
que não alcançou o seu alvorecer.
Durante a viagem pela solidão
pude descobrir que é no agora
que reside a essência de tudo:
Eis aqui uma difícil lição
e essencial compreender.
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Loja Provisoriamente Eterno
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Anderson Prado Leão - O Imagicionista
Se a imaginação é a chave que destranca o conhecimento, o que faço é contar a história do chaveiro:
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