Uma canção de liberdade
Hoje quero sonhar, viver,
alegrar-me com os pássaros fugitivos,
sentir minuciosamente a música que gosto
adentrar os tímpanos.
Quero partir em direção ao ao lugar do meu sossego.
deitar na grama recém regada pelo sereno
e ver o sol surgir no horizonte imenso.
Quero entrar em uma igreja desprovido de qualquer dogma
e orar , sem regras, pelas pessoas que tanto estimo.
Fazer da minha alma a catedral do meus desejos,
onde construirei um altar para todos os meus deuses.
Hoje quero não querer nada sem apelos a nenhum direito,
somente o de viver.
Quero fugir das lições e de qualquer segredo
- que todos os mistérios se percam -
quero me acomodar numa cabana humilde e limpa,
ler qualquer coisa, sem a chatice de ter que depois
preencher qualquer formulário ou prova,
escutar músicas com top list da minha própria rádio difusora.
Ouça a canção entoada pela natureza rara
que acompanha a orquestra sinfônica da fauna e flora,
que é regida pelo maestro enigmático do misterioso coração dos oceanos.
Em cima de uma enorme rocha
escuto o mar sussurrar-me coisas íntimas.
Compartilho de suas ideias
como se fossemos grandes amigos.
Molho-me de leve com os respingos das ondas
que se chocam contra as pedras.
Enquanto todos se sufocam na praia lotada,
em um feriado prolongado,
destaco-me da multidão
e deito-me imponente e solitário.
Calmaria...
Rompe-se o silêncio
com o som das ondas que se quebram.
A espuma do mar disfarça sua límpida e cristalina.
De súbito,
num ímpeto de emoção,
corro em direção a beira da rocha
e pulo sem medo,
num salto perfeito,
mergulho de cabeça no mar,
antes das ondas se formarem.
Não há pavor.
Só quero voar...
Não há disfarces,
somente os da festa a fantasia que fui convidado para dançar.
Esbaldo-me na noite
sem culpa ou compromisso.
Danço sem preocupações,
só deixo-me levar pelo som da banda de rock que toca.
Direi aos deuses:
- Adorem-me ao invés de me cobrarem uma reza.
Desçam aqui na terra comigo,
e aplaudam de pé a alegria sólida de quem se ama.
Apaguem das escrituras os textos maçantes.
Deixem de ser velhos chatos que exigem suas coisas mortas.
Deixem que as crianças brinquem
sem que exista quem as diferencie pela cor, raça ou crença.
Não me limitem.
Quero a tudo provar.
Saborear a infância esquecida
e cantar...
Brincar de caçar borboletas na imersão do mar.
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Loja Provisoriamente Eterno
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Manay Deô - O Poeta Publicitário
Sou #poeta, brinco com #palavras e invento #palavrários como #redator de #poesiapublicitaria e Soul #Heterônimo criativo e #artista:
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