nascestes da mistura
e realidade desta terra.
fostes criada por aqueles que
tentavam escapar de seus erros passados.
teus pais foram chamados de
ordem e progresso.
e graças a eles,
a senhora se formou.
então com uma ideia de prosperidade
debaixo dos braços,
por aí, caminhou.
conhecestes nosso pai,
um estado analfabeto, ignorante e vil.
desta união, os frutos:
foi assim que tornastes, então,
a nossa pátria mãe gentil.
zelosa e protetora,
como toda mãe é.
como toda mãe,
tu sempre foste acolhedora.
mas esta verdade não lhe poupou.
pelo patriarca fora subjugada,
tua singularidade totalmente explorada
e sua inigualável beleza, decerto, fora muito maltratada.
tua saúde, hoje, é precária.
a ética – nossa querida casa – foi depredada.
a nossa economia, fora totalmente saqueada.
querida mãe, querida mãe
dói muito lhe ver desfalecer.
mas, com esta democracia machucada,
como é possível não adoecer. como?
teus filhos hoje são órfãs desta nação.
não passam de crianças perdidas,
despreparadas, atrasadas e aleijadas:
nós somos a educação.
hoje foi dia de aula com a professora civilidade.
eu estava animado, confesso, mas ela faltou.
alguns alunos comemoraram
e outros, como eu, ficaram honestamente preocupados.
um colega então olhou para mim e sorriu.
e antes que eu pudesse falar algo,
foi ele quem disse:
vá para a pátria que te pariu!
então, me calei.
diante das palavras que
o futuro da cidadania proferiu.
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Loja Provisoriamente Eterno
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Anderson Prado Leão - O Imagicionista
Se a imaginação é a chave que destranca o conhecimento, o que faço é contar a história do chaveiro:
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